POR UM INSTANTE...

"E por um instante

Enquanto o tempo passa

Eu percebo em cada palavra

Sentimentos que você ainda não disse

É como se eu sentisse

Joga com as frases, mas teu olhar é tão sincero comigo

E por um instante

E enquanto o tempo passa

Descubro-te lentamente

De um jeito diferente

De um jeito natural

E muito natural

E por um instante

Enquanto o tempo passa

Eu vejo em tua alma

Um diário tão guardado

Que aos poucos leio calado

Mas que entendo diferente

E por um instante

E enquanto o tempo passa

Tento deixar em ti

Um pouquinho mais de mim

Algo sincero, mas simples assim

É... e a todo instante

É teu meu coração

Nosso espaço pra morar

Lugarzinho verdadeiro

Onde eu possa sempre te amar

E enquanto o tempo passa

Deito ao teu lado

Pra sonhar... sonhar e sonhar...

Nem que seja...

E mesmo que seja...

Por um doce instante."

                                                 Diógenes Chaves

GARANTIAS

"Nessa nossa caminhada 

Em busca da felicidade

Muitas coisas boas e ruins acontecem

Sonhos nascem, sonhos perecem

E os que renacem, permanecem

A caminhada é constante

Tolerante ou intolerante

De curta ou de longa distância

Mas para o tempo perde importância

Quando se tem aprendizado

Ignoram-se as horas

Na certeza da conquista

E ainda que o alvo se perca de vista

Um dia será encontrado.

É...

Nesta caminhada

De serenidade e de anseios

De espinhos e violetas

Haverá sempre uma garantia

Os fins recompenarão os meios

Como o despertar das  borboletas"

                                             Diógenes Chaves

POESIAS QUE TE ESCREVI...

"E então te escrevi...

De um jeito único

Foram versos imersos

Num amor que era só teu

Foram rimas que te rimavam

A todo tempo comigo

E o coração o meu amigo

Guardando você e eu

Ô poesia amiga!!

Que dá voz aos sentimentos

Que te trouxe bem juntinho

Como forma de carinho

E que às vezes foi além

De um simples escrever

Te fiz poesia...

Na ânsia de te ver

Nos beijos...

Nos abraços...

No desejo incontrolável...

De tê-la nos meus braços

E te fiz poesia...

Nas surpresas...

Nas flores que te dei...

Ao querer reafirmar...

De um jeito tão singelo

O amor que te guardei

Te fiz poesia...

Ao te tocar ardentemente

Ao acariciar teu rosto...

Calmamente

Eu tentei...

Tentei ser teu poeta

De um jeito certo...

Ou de um jeito errado

E mesmo que...

Esquecido ou lembrado

Só eu sei que foi assim

E ainda posso te jurar

Que mesmo sem te encantar

Foi tudo maravilhoso pra mim."

                                                          Diógenes Chaves

LOUCURA

“Ainda que meu corpo adoeça...
Refugio-me em minha alma;
Ainda que a dor me enfraqueça...
Anestesio-me na calma;
Ainda que a náusea me torture pelo remédio que cura...
Eu fico a espera da refeição;
E ainda que o amargo do medo me tire a doçura...
Fortaleço-me na oração;
Mas se me escravizo nas garras da loucura...
Em nada me sustento;
Jogo-me ao vento, sem fé, sem fundamento...
O sofrimento da alma castiga por imposição...
Quando a resiliência ignora o coração.”

                                                   Diógenes Chaves

FLOR

"Busco nas flores

As mais belas cores para encantar.

Bela escultura

Que se mistura num foco de olhar.

Na mão amiga, por despedida

Escreve sem medo.

Declaração que estende a mão

E não pede segredo.

O seu perfume só se resume

Num manso sorriso

Que eleva a alma

Num tom de calma

A um sonho preciso.

Em vasos tão belos

Ou num simples lugar

Basta um solo de vida

pra fazê-la brotar

E um coração que aspira

     As maravilhas do amor

Há de pulsar mais forte

Ante a beleza da flor

Que traz na essência

Traduções de a fetos

Dando benção de vida

A corações inquietos

Flor...

Amiga eterna da alma

Traduz a voz que não sai

Buscando em palavras não ditas

Respostas do medo que trai

Com a flor se busca esperança

Dando cor ao perfume aliado

E é pela flor que um coração mudo se expressa

Encantando mesmo calado."

                                                   Diógenes Chaves

NOITE SEM LUA

"Mediante ao silêncio da noite
Onde tudo parece triste...
Eu, em direção ao nada...
Sigo de alma calada
O coração aperta cruel
E eu ao olhar para o céu...
Vejo apenas estrelas...
E eu ali sob tantas...
Busco-as em vão
Parecem inalcançáveis, como realmente são.
O sol tão distante
Já não o tenho agora
Enquanto choro por dentro
Sorrio por fora
E neste momento
Onde foi minha luz?
Cadê minha luz?
E até que eu acenda
Não há nada a fazer
Mas se a distância me venda
O amor me conduz
Aprisiona-me á noite
Na ausência da lua
E sob tantas estrelas...
Sinto-me sozinho
Com saudades tua."

                                                       Diógenes Chaves

GREMISTA DE PEDIGREE

Já estou mais do que convencido,

Eu não me tornei gremista,

Não fui condicionado nem por presentes e nem pelo momento das fazes de campeão.

Eu simplesmente nasci gremista.

Isso é coisa de reencarnação...

Noutra vida também fui gaúcho

E já era gremista desde então,

Continuei gremista...

Sou gremista...

E morrerei gremista de pedigree, de coração.

E se na próxima vida meu time não mais existir

E tiver que vestir a outra camiseta,

Que Deus me perdoe...

Antes não nascer e viver ao lado do capeta.

Diógenes Chaves

 

EU DEIXO ACONTECER...

“Eu sei que nem tudo que acontece depende de mim.

Tem coisas que não me deixam opção...

As flores murcharão

O sol irá se por

O frio gostoso irá embora

E o verão não irá me consultar se eu gosto ou não de calor.

A garganta vai doer sem antes me avisar

E a luz irá faltar no meio da noite e no meio do jantar.

E pessoas que eu amo também irão partir

Sem que eu possa decidir quando.

Mas o que me consola...

É saber que o reencontro é garantido

E mesmo de coração partido...

Os sentimentos não se apagam

 E sei que fico guardado no fundo da alma de quem se vai.

 Mas... Existem coisas que eu deixo acontecer...

E eu paro para refletir...

Eu deixo as flores morrerem sem antes te oferecer

Ou enfeitar minha janela para através dela ver você chegar.

Eu deixo as horas passarem...

Sem ao menos te procurar naquele dia lindo que o sol nos deu

E aí o sol some me trazendo uma saudade que tem teu nome.

Eu deixo a garganta doer

Sem antes perceber que coisas bonitas eu poderia lhe dizer

Ou saborear coisas doces dividindo-as com você.

E por causa da escuridão eu deixo o jantar se acabar

Sem aproveitar a oportunidade de me declarar á luz de velas.

E pessoas que eu amo eu também posso deixar partir

Ainda que elas queiram tanto ficar.

Eu deixo acontecer...

 E se eu deixo acontecer é diferente...

Pode não haver o reencontro

Posso perder o meu espaço no coração de quem se vai...

 E para sempre... Isso é triste

 É triste por ser assim...

Porque agora já não depende mais de mim.”

                                                                         Diógenes Chaves

SUJEITO DE MIM

" Dispensando uma visão limitada do tempo

Considerando passado e presente

Penso que todo medicamento de laboratório existente

Não passa de um recurso humano

Para reparar os equívocos construídos pela alma doente

Obedecemos a uma lei de ação e reação

Uma lei natural de reparação, sem fugas, sem manipulação.

É de mim que sou sujeito

E por justiça eu só me submeto

Aos efeitos de minha causa

Desconsidero o tempo...

Para entender que só a felicidade me tornará imune

Pois minha razão assume

Que, desde o bom alimento a um singelo ato de amor

 São medicações naturais e gratuitas de prevenção

 A qualquer enfermidade, a qualquer manifestação de dor"

                                                                                                     Diógenes Chaves