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AH, O LIVRE ARBÍTRIO

 

Sabe-se que é possível dividir a natureza em quatro reinos básicos: o reino mineral, vegetal, animal e humano. Considerando-se os três primeiros reinos, estes seguem fielmente as leis impostas pela natureza. Neles não há a faculdade da razão, da ponderação, logo, é possível considerar suas relações com o mundo natural de forma submissa, obedecendo as regras em busca da harmonia que o universo vos exige, ou seja, existe a plena obediência. Tanto no reino mineral, vegetal e também no reino animal não há a necessidade do karma, pois não existe a obrigatoriedade de responder pelos seus atos, visto que não há neles a ação do erro consciente, não há o raciocínio e o bom senso da vida. Portanto, a lei que coordena os três primeiros reinos é a lei de ação e reação onde cada ação implica em uma reação contrária atingindo-os com a mesma intensidade. Podemos entender como uma relação "mecânica" de efeitos previsíveis, sem os mistérios da subjetividade. Já no reino humano aparece aí um elemento que nos identifica e nos diferencia dos demais reinos: o livre arbítrio, portanto, a razão é atuante. No instante em que a vida me concede o livre arbítrio, passa a permitir que eu usufrua da livre ação, isto é, sou livre para fazer o que meu raciocínio permitir e, por tanto, ser responsável pelos efeitos que disso surtir. Neste reino, a vida é feita de escolhas, sejam elas saudáveis ou doentias, é permitido que se troque de caminho, que se saia dos trilhos, o respeito às leis naturais passa a ser uma escolha e é por isso que sofremos tanto, porque o livre arbítrio nos permite desobedecer, e como um filho teimoso, arcamos com o castigo.  No reino humano, a lei de equilíbrio deixa de ser ação e reação para ser causa e efeito. Na lei de causa e efeito, há a bonificação, isto é, os efeitos de nossas atitudes agem em sentido contrário, porém, não com a mesma intensidade, pois nossas boas intenções e atos podem diminuí-los, isto é, somos recompensados. Infelizmente ainda somos feridos por nós mesmos pelos efeitos da falta de caráter, do desregramento, das misturas precipitadas, da má alimentação, do comportamento impulsivo, do ódio, da raiva, da intolerância, da indiferença, etc. É a partir da consciência de si, do seu despertar que o indivíduo passa a mercê tanto do céu quanto do inferno. Como nos disse Leon Denis: "o espírito dorme nos minerais,, sonha nos vegetais, agita-se nos animais e, por fim, acorda no homem.

Diógenes Chaves

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OUVIR-SE

 

Porque o silêncio assusta tanto? Muitas vezes, para alguns, esta condição parece ensurdecedora, perturbadora. Triste perceber como certas pessoas fogem de si mesmos, ignoram-se, cortam relações, e o pior, abandonam-se. Porque ficar sozinho é tão aterrorizante? Talvez pelo simples fato de se confundir 'ficar sozinho' com 'solidão'. Percebo indivíduos que fazem de tudo para não entrar no próprio silêncio. Meditar, viajar sozinho, manter-se solteiro, curtir um filme consigo mesmo, etc. Isso seria uma agressão ao próprio equilíbrio emocional. Não suportar a companhia de si faz com que pessoas busquem incessantemente a presença do outro, é necessário o outro para que não haja tempo ou oportunidade de ouvir-se, é necessário o outro a todo o momento, porque será neste o seu refúgio, já que ao buscar em si algum conforto, nada encontra, ao contrário, perde-se num vazio gritante. Pular de relacionamentos evitando a solteirice por muito tempo, ser aversivo a meditações, não desconectar de relações online e necessitar estar sempre em grupo podem ser sinais de fuga, isto é, afastar-se de si. Não é nada saudável tentar entrar em contato consigo e perceber que, tudo que pode encontrar é o que pode perturbar, desequilibrar. Lembre-se, já que você terá que conviver com você mesmo pela eternidade, nada mais inteligente do que fazer as pazes com a sua própria companhia. Sei que não nascemos para viver isolados e solitários, não é isso, mas é importante que possamos nos conhecer, saber o que temos para doar a nós mesmos, e para isso, será necessário que encontremos um tempinho conosco, porém, se isso está difícil, abra o olho, você pode estar acompanhado de alguém que não tem nada a te acrescentar e isso é péssimo. Não seja o seu pior livro, a sua pior música, o seu pior encontro, portanto, perca o medo de si e aprenda a ser, algumas vezes, o seu próprio refúgio. Quanto mais nos afastamos de um lugar, mais difícil será encontrar o caminho de volta.

Diógenes Chaves

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VÍTIMAS NÃO EXISTEM. CAUSA E EFEITO, TAL É A LEI.

 

Segundo Newton, a natureza é regida por um fenômeno chamado ação e reação, isto é, toda a ação empregada provocará uma reação com a mesma intensidade, porém em sentido contrário. Verificamos isto em vários momentos. Jogue uma bolinha de tênis em uma parede a sua frente na altura de seu rosto e espere o resultado. O seu nariz doendo é efeito da lei de Newton. Esta lei eu a entendo como um acontecimento, de certa forma, mecânico, lógico e imutável, previsível, diferentemente de outra lei que se pode aplicar aos seres humanos: a lei de causa e efeito. Esta parece seguir o mesmo raciocínio da lei de Newton, no entanto, por ser direcionado a nós, considera-se aí o livre arbítrio, e por este motivo, tem diferença, pois proporciona o abono, a compensação, o benefício segundo nossas atitudes. A lei de causa e efeito tem o poder de, a sim como a lei de ação e reação, buscar a homeostase natural, ou seja, não deixar com que os acontecimentos se percam no desequilíbrio. Toda a causa surte um efeito e este efeito deve retornar a causa, mas não, necessariamente, com a mesma intensidade, já que contabilizamos méritos ao tentarmos reparar nossos equívocos. O agente causador (humano) se educa com os efeitos de suas atitudes. E como isso acontece? Se a causa for negativa, os efeitos negativos devem, por uma questão de inteligência natural, retornar ao causador, atingindo-o negativamente para que este sinta o prejuízo e não repita o ato ruim e assim modificar-se. O mesmo acontece com causas positivas. Se eu causo um efeito positivo, este retornará a mim para que minha atitude seja reforçada. Por isso, não existe a possibilidade de você sofrer as consequências de um efeito que você não causou assumindo assim a condição de vítima, ninguém é vítima de nada, porque se assim fosse, estaria aí um erro natural declarado, onde o agente causador pode atuar livremente sem responder pelo que produz delegando a outrem sofrer as consequências de suas irresponsabilidades anulando, dessa forma, a homeostase natural fazendo tudo fugir do controle. Se você agir no erro irá responder por isso, inevitavelmente, isso não é religião ou filosofia, isso é lei natural que você não muda. Você já ouviu falar ou viu a natureza perder o seu controle? Não, tudo está em perfeita sincronia. Se você acredita estar passando por uma situação que não mereça, cuidado, pensar assim é entender que é possível cair sobre você um efeito cujo agente causador não é você mesmo. Entenda, isso é impossível. Dessa forma, aceite-se como o autor de sua própria história sem passar a bolinha pra ninguém. Causa e efeito, tal é a lei.

Diógenes Chaves

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VOCÊ, MINHA BICICLETA

Então você compra uma linda bicicleta, usa-a constantemente, e na medida que os defeitos aparecem você não se importa e continua utilizando-a até que ela te leve onde deseja. No fim, a bike estraga e não mais funciona, ou seja, pifou, fim de viagem. Diante disso, você faz uma avaliação de seu conserto e constata que é mais lucrativo comprar uma nova. Então, sem perca de tempo, você compra outra zerinho, põe fora a velha e, como diz o gaúcho, segue o baile sem nem mais um problema. Pois bem, interessante pensar até que ponto fazemos do outro uma bicicleta. Bom, bicicleta pode apresentar defeitos, logo é aceitável que estrague. Uma bicicleta surge pronta, funcionando perfeitamente, e na medida que vai sendo usada se desgasta e pode estragar. Isso é sempre esperado por uma questão lógica. Já ser humano é diferente, ser humano não nasce pronto, o seu processo de 'fabricação' acontece ao longo do tempo, aprimorando-se para que se torne uma 'boa bicicleta'. Por este motivo, ser humano não tem defeitos e sim diferenças. Ser humano não é coisa, é alguém, coisa se joga fora, condena-se, pessoa não! É certo que a natureza nos proporciona uma fábrica de bebês, mas não de bicicletas. A natureza nos lança uma engenharia iniciada e extremamente propícia de ser aprimorada, e se no fim do processo o produto não deu certo, vale mais jogá-lo fora ou se responsabilizar pela a incompetência do trabalho mal feito? Parece que estamos mergulhados em uma fábrica que estoca matérias primas de qualidade, mas profundamente desqualificada profissionalmente para bem utilizá-las. E quem são estes profissionais?Todos nós. É justo quando minha bicicleta estraga dentro do prazo de garantia, reclamar ao fabricante e exigir outra, mas quando o fabricante somos todos nós, "fabricantes de seres humanos", diretos ou indiretos? Reclamar à quem? Parece que a regra é dar um fim ao produto mal fabricado e camuflar a incompetência. Pena de morte? Redução da menoridade? No fim de tudo e no desespero pelo o mal feito, todos somos bicicletas.

Diógenes Chaves

MINHAS DESAVENÇAS

Alimentar desavenças? É inútil, pois na medida que a alimentamos, prorrogamos o que de fato terá que acontecer cedo ou tarde: a reconciliação. Entenda que na lei universal nada fica incompleto ou desajustado.Para que haja coesão é necessária a atração e não a repulsão. A coesão produz a força, a solidificação, a resistência que não permite quebrar. Já a repulsão proporciona o afastamento, o abandono, a dor, a doença, a não relação, a solidão. Para isso, lembre-se que falo de pessoa, afeto. Deixar para depois o que terá que, por lei da vida, ser resolvido, é mal aproveitar o tempo.O orgulho é o maior inimigo do tempo, porque o desperdiça, torna-o de pouco valor. Não reconciliar, ainda que se sinta vítima, não é se defender pela razão, mas manter-se em uma zona de conforto que, de fato, dói. Perdoar é difícil, eu sei, mas que se possa começar pela propensão. Estarmos propensos a perdoar é a primeira janelinha que abrimos para que os primeiros raios de sol entrem, e assim, aquecer-nos aos poucos. Como raios de sol entendemos a ofensa não revidada, a raiva não pronunciada, o silêncio diante das palavras fortes que teimam em sair. Compreender? Abraçar? Beijar? Para alguns talvez ainda não, é compreensível, mas se dar a chance de caminhar a esta direção é não fixar os pés na lama da mágoa, da frustração, das revivências torturantes. Lembre-se do Trem. O trem ao descarrilar terá que retornar aos trilhos. Não pense que será natural continuar a viagem fora deles. Mais a frente terá que voltar, ou se arrastará sem progredir. No entanto, o grau de dificuldade deste retorno é proporcional ao tempo que ficou descarrilado. Como aquela doença negligenciada, quanto menos atenção se dá, mais grave se torna e, por consequência, mais amargo será o remédio. Trem e trilhos fazem parte da mesma realidade. Não há trilhos sem trem, tampouco trem sem trilhos, assim como não há amor sem relação.
Alimentar desavenças? Pra quê? A não reconciliação é uma escolha até que ela te ponha na parede, depois ela se torna uma necessidade, como o ar.

Diógenes Chaves

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FÉ, BASTA ACREDITAR?

 

Quando eu passo a entender a real diferença entre acreditar e confiar, inicio uma profunda reflexão sobre a minha fé. Para ter fé, basta acreditar? Se eu aceitar que acreditar é o mesmo que dar crédito à,  posso afirmar que, se eu dou créditos a alguém ou acredito em alguém, isso não implica em eu confiar neste alguém. Ok! Em via de regra, você não dá créditos a quem você não confia, mas alguém pode me pedir algo emprestado e prometer devolver em três dias, eu posso emprestá-lo acreditando no que ele falou, dou-lhe créditos, porém, não significa que confiei plenamente na devolução, logo, por três dias posso ficar inseguro, incomodado, inquieto pela a incerteza de sua palavra e qualquer crítica sobre a pessoa, posso perder as esperanças. Isso eu chamaria de fé abalável. No entanto, se você empresta algo à alguém que você realmente confia, você acreditou (deu créditos) nesta pessoa e ficará certo da devolução por também confiar e, por este motivo, não ficará preocupado e inseguro com o resultado do empréstimo, pois você não apenas acredita nela, mas também lhe deposita confiança e nada abalará a sua esperança de boas respostas. Isso eu chamaria de fé inabalável. Portanto, nada mais seguro você dar créditos a quem que você confia, porque somente desta maneira você estará apoiado pela certeza e isso é se sentir seguro, isto é ter fé. Fé não é apenas acreditar, mas confiar no que você acredita. E perceba também, por via de regra, você não confia naquilo que você não conhece, isto é, tenha cuidado ao afirmar ter fé no que você possui pouco conhecimento sobre, isso eu arrisco chamar de fé não raciocinada. E então, você tem fé? Realmente confia nos resultados daquilo que você acredita, ainda que não o veja e não o toque? Fé: não basta acreditar!

Diógenes Chaves

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O CRIME OU O CRIMINOSO?

 

Diante de uma humanidade que ainda se deixa dominar por desejos vingativos, a justiça jamais será compreendida e menos ainda sentida. Enquanto a vingança pune, a justiça restaura. Enquanto a vingança elimina o criminoso, a justiça elimina o crime. Na passagem de Jesus e Madalena, o mestre já nos deixou claro de como as mazelas humanas devem ser tratadas: diante do adultério de Madalena Jesus fala que NÃO A CONDENA, ou seja, não julga ser correto PUNIR A ADÚLTERA (o ser que erra), mas sim O ADULTÉRIO (o erro), pois logo depois ele fala: "vá e não peques mais", isto é, busca eliminar as más atitudes de Madalena e não Madalena.
Enquanto nossas crianças não tiverem suas necessidades básicas supridas com dignidade para que os crimes diminuam, o jeito é se desesperar e tomar atitudes medievais extirpando o criminoso. A única diferença dos leões da idade média para os leões de hoje é que estes agora já se encontram enjaulados, contidos pelas leis, porque muitos deste leões ainda existem. E pra quem pensa que ser humano nasce ruim, perdido, peço cuidado, pois acredito que ninguém nasce falido, pois se assim fosse, encontraríamos aí uma incompetência da própria natureza ou de Deus, pois fabricar lixo não é algo muito inteligente. Transferir responsabilidades sempre será mais fácil do que assumi-las.

Diógenes Chaves

 

 

 

COMBINEM-SE

 

Quando ouço falar que ninguém nasceu pra viver sozinho, eu tento comparar cada pessoa a um instrumentos musical diferente ou a um tubinho de tinta onde cada um guarda dentro de si a sua cor particular. De repente se aproximam para repelir ou combinar, e daí a beleza dos contatos humanos ganha a chance de existir fazendo da vida um artista capaz de construir belíssimas obras de arte. Assim como uma linda melodia ou um paraíso construído sob a dança dos pincéis. Talvez não seja difícil de entender que os conflitos entre as pessoas não se dão pelo encontro de suas diferenças, mas pela falta de capacidade de combiná-las em busca da harmonia mais bonita.

Diógenes Chaves

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 SOFRIMENTO  QUE PASSA

 

É verdade que o sofrimento incomoda. Ninguém gosta de sofrer, mas isso faz parte da vida e nos ensina muito, já que traz disciplina e o valor pelo bem estar que tínhamos e que, no momento, não temos mais. O sofrimento é um aviso de que algo saiu dos trilhos, desalinhou, desajustou, desestruturou, desequilibrou e, para isso, necessita retornar ao ponto certo. É como uma ferramenta que temos de auto conserto que só é utilizada quando realmente necessária. Por este motivo, o sofrimento parece ser um processo que tem como função fazer voltar para... e não um estado permanente. O sofrimento é um fenômeno passageiro de aprendizado e, portanto, sempre acaba. Não existem razões alguma para que ele seja eterno, visto que ninguém fica aprendendo uma única lição para todo o sempre, isso é impossível. Então, calma, resista um pouco mais (...). Para coisas ruins, algo me diz que sempre haverá início, meio e, por motivos lógicos, o fim.

 

   Diógenes Chaves

 

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PROTEJA-SE, PERDOE!

 

... e então eu começo a perceber que perdoar não é necessariamente esquecer; que o perdão está mais para uma mudança de significado do que para um processo de esquecimento. Quando alguém lhe causa algo muito ruim, provavelmente você não esquecerá, porém, pode aceitar o fato de outra maneira. Certamente é maravilhoso quando trocamos sentimentos de ódio, de raiva e de mágoa pela a aceitação, pela a compreensão e por atitudes de empatia, pois o ato de perdoar é mais benéfico a quem o pratica do que a quem o recebe. Talvez William Shakespeare já tenha explicado melhor os malefícios de não saber perdoar ao dizer que "guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra". O perdão não depende de uma simples escolha, mas de uma ressignificação, muitas vezes profunda e demorada, e que só é digna de quem possui amor próprio e sabe se proteger. Então, proteja-se, perdoe!

Diógenes Chaves

 

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E AS CONCHAS?

 

Sinceramente? A beleza da forma realmente me fascina, e isso me faz muito bem. Como acho incrível quando partes diferentes, ao se encontrarem, conseguem construir o encanto, a formosura, a rima, a melodia que cativa e que registra na alma. É no sutil arranjo das cores, das notas, das vozes, das ideias, dos sentimentos e dos aromas que a beleza se mostra. É isso, a essência da vida está nos perfeitos encontros que se revelam nas telas, nas esculturas, nas canções, nas poesias, nas imagens, nas declarações, nos gestos de carinho, no toque que acolhe, na saudade que revive e nos reencontros que renascem. Esse é o segredo, sermos artistas de belos encontros. Porém, ainda assim, acredito que a melhor parte de tudo, a melhor recompensa que a beleza pode me dar, eu só experimentarei quando eu descobrir o que realmente há de mais bonito por trás daquilo que sempre me foi indiferente. O doce sempre poderá se tornar mais doce quando descoberto na amargura e o desejo de estar junto sempre é maior quando o outro se vai, pra sempre. Talvez seria difícil admirar as conchas até descobrir o que elas guardam por dentro.

Diógenes Chaves

 

 

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RECOMPENSA IMEDIATA

 

Penso que a desonestidade e a infidelidade são diretamente proporcionais à dependência que se tem pela recompensa imediata, pelo prazer do tangível, do mensurável. Para estas atitudes, valores construídos em longo prazo não são prioridades. O dinheiro que se pega da carteira e que se devolve apenas os documentos, sem a menor preocupação com a falta que este fará ao outro, ou a conta que se assume e nunca mais se paga ou o acordo que se faz e não se cumpre, a confiança que se trai, a dedicação e a preocupação que não se honra, justifica o primitivismo moral em querer satisfazer-se imediatamente. Avalia-se as vantagens do momento e não do que se pode adquirir num tempo futuro, ou seja, motivado apenas pela possibilidade de ser recompensado no menor tempo possível, esquecendo que está fatalmente contaminando a própria consciência e a sua reputação, valores estes que costumam recompensar após um longo tempo e não hoje ou amanhã.
Acredito que, para os desonestos e infiéis, o que importa é o que se vê, o que se pega, o hoje, o aqui e agora. Prezar pela reflexão, pela empatia, pelo respeito e a virtude, em certos momentos, são vistos como ingressos para um estado de espirito demorado e cansativo. Para eles, na maior parte das vezes, se é inodoro, insipido e incolor ou é água ou não existe.
Então, cuidado com os desonestos e infiéis, talvez, para estes, o sabor de um bife bem acebolado pode ser bem mais gratificante do que uma consciência tranquila.

Diógenes Chaves

 

A VIDA À CONTRAMÃO

 

Será que estamos vivendo em sentido contrário? Até quando seguiremos assim, a contramão? Penso seriamente que estamos invertendo as prioridades, e isso é possível perceber, por exemplo, quando buscamos tanto pelo 'ter' para 'ser' e esquecemos de que é na medida em que somos, piores ou melhores, que vamos conquistando ou perdendo o que sempre desejamos de verdade.
Outra inversão também acontece nas relações "amorosas", quando um procura no outro aquilo q
ue lhe falta sem ao menos refletir se há algo de bom em si para oferecer a este outro. É uma insistência ao fluxo contrário, isto é, demando ao invés de ofertar. Busco no outro a atenção, o carinho e a proteção que justifique, talvez, o desejo de eu recompensá-lo por isso, como uma negociação afetiva. Porém, lembro que amor não se negocia. No entanto, a insistência em agir na contramão continua, invertendo um sentido natural da lei de causa e efeito, onde primeiro eu insisto em receber o que não causei em momento algum.
Outro equívoco é quando sobrepomos o cérebro ao coração, o intelecto aos sentimentos. É interessante observarmos que a vida já nos dá uma pista de qual é a prioridade no momento em que nascemos, onde primeiro choramos aflorados pela a emoção ao invés de sairmos, por exemplo, fazendo cálculos matemáticos.
É preferível um iletrado amoroso ou um cruel intelectual? Pense e me entenderá, porque o conhecimento ainda há tempo de encontrá-lo nos livros, já o amor...
"Amai-vos, eis o primeiro mandamento, e instrui-vos, eis o segundo" (Espirito de Verdade, Paris, 1860).
Que possamos desvirar a vida que estamos vestindo ao avesso e buscar andar no sentido certo, porque á contramão, a colisão é iminente
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Diógenes Chaves

 

INJUSTIÇADOS?

 

A questão é: até que ponto posso acreditar que injustiçados existem? Lembrando que injustiça, para mim, denota algo como um erro, curso que saiu da rota, 'trem que descarrilou', falha, desnível (...).
Diante disso, não consigo entender a lógica dos injustiçados. É como se, durante um curso normal de vida, alguém fosse atingido por um acontecimento negativo sem tê-lo provocado, ou seja, fosse vítima de um efeito o qual jamais produziu, como se a causa não arcass...e com nada daquilo que faz e ainda lançasse aos ombros alheio, e de susto, caísse sobre os seus. Qual é a lógica?
No momento, minha razão diz que, se há injustiçados, então Deus realmente joga dados e vivemos mergulhados num imenso acaso, isto é, se você acredita estar sofrendo algo sem tê-lo merecido, não se preocupe, foi a vida que fez roleta russa, 'cara-ou-coroa', 'pimpo neta', 'par-ou-ímpar' ou 'minha-mãe-mandou' para decidir seu destino, assim, de forma bem simples, estúpida e irresponsável, tão simples quanto seria o seu significado diante de sua existência se assim o fosse. Então, qual é a lógica? E se isso é verdade, se o acaso pode atuar a qualquer momento, ainda me pergunto: quando verei os planetas saírem de orbita, o sol despencar, as rosas darem frutos e os frutos produzirem veneno? Quando sentirei o verão instantaneamente alcançar 80°? Quando verei mães darem a luz aos 18 meses? Quando saberei que todos os transplantes não necessitarão de compatibilidade e que as digitais se repetirão? Quando que a água acenderá o fogo e fogo matará a cede?
Pois é, ainda prefiro pensar que, se a vida é realmente regida pelo acaso, nunca imaginei que o acaso fosse tão perfeito e justo mantendo a ordem das coisas por tantos e tantos anos, ainda que você acredite ser uma vítima do erro, ou seja, um injustiçado.

Diógenes Chaves

 

 

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO?

 

 

 Segundo o Dicionário Aurélio 'Ensino' significa a "arte de ensinar, de transmitir conhecimentos. / Orientação no sentido de modificar o comportamento humano. Instrução. / Orientação. / Educação". Entretanto, o termo 'Educação' é entendido como "a ação de desenvolver as faculdades psíquicas, intelectuais e morais. Conhecimento e prática dos hábitos sociais; boas maneiras".

 Para Piaget a educação é o ensino que busca, além da autonomia intelectual, também a moral, englobando o respeito mútuo, a cooperação (Vigotsky), a reciprocidade e a afetividade (Pestalozzi), e para Pestalozzi educação é o desenvolvimento progressivo e harmonioso das potencialidades do ser.

 Diante disso, entendo que o ato de ensinar pode ser direcionado a qualquer pessoa, em qualquer lugar, no tempo que for e de qualquer jeito, enquanto a educação até pode ser atribuída a qualquer pessoa, mas não em qualquer ambiente e jamais de qualquer modo.

Acredito que a educação é um processo de ensino com fins positivos, que visa tornar o indivíduo melhor do que já é sem causar prejuízos a si e a tudo que lhe rodeia. Um simples ensinante é aquele que transmite seus conhecimentos sem se importar com os efeitos que estes irão produzir a seus aprendentes. Já um bom educador se coloca como um receptor satisfeito daquilo que ensina, ou seja, se este professa os conhecimentos da biologia ou da química aos seus alunos, deveria ele se preocupar também em contribuir para a formação de um honesto, dedicado e amoroso médico ou farmacêutico, ao qual futuramente poderá, inevitavelmente, confiar-lhe a sua própria vida. 

 Acredito que o ensino visa "matar a fome" enquanto a educação visa "alimentar". Você pode alimentar matando a fome, entretanto, nem sempre matando a fome você alimenta. Dessa forma, entendo que a educação será sempre um processo de ensino, mas o ensino nem sempre será um processo de educação.  Então, qual é o seu Ministério? Do Ensino ou da Educação?

Diógenes Chaves

 

 

 

SUICÍDIO, UM ATO DE AGRAVAMENTO.

 

O suicídio pode ser entendido, em muitos casos, como uma atitude de desespero quando, diante de um problema perturbador e insuportável, busca-se por uma fuga, ou seja, uma maneira de dar fim a um sofrimento. Entretanto, entende-se que quando um problema se instala em nossas vidas, resta-nos adotar duas atitudes apenas: resolvê-lo ou acostumar-se a ele , fora disso não há solução e sim uma amarga ilusão em busca de alívio. Todo problema deve se...r resolvido, isto é, desconstruído ou despotencializado, caso não seja possível, resta apenas aceita-lo dando-lhe um significado menos dolorido ou mais suportável como queira interpretar. Diante disso, o suicídio, assim como a sonegação, o assassinato e a negação, não é um método de resolução de problemas e sim uma fuga destes, e muito menos aceitação, que já seria um contrassenso. Portanto, qualquer ação fora dessas duas atitudes de enfrentamento, como a resolução ou aceitação, resultará em seu cruel agravamento.

Diógenes Chaves

 

 

 

QUANTAS PÁGINAS DO GOOGLE VOCÊ ABRIRÁ?

     

 

Você irá votar, então responda (nada de Google, por enquanto, seja honesto com você mesmo):

1 - Que autoridade é e qual é o papel de um Secretário de Estado? Cite três Secretarias:
2 - Que autoridade é e qual é o papel de um Deputado Estadual?
3 - Que autoridade é e qual é o papel de um Deputado Federal?
4 - Que autoridade é e qual é o papel de um Senador?
...5 - Que autoridade é e qual é o papel de um Ministro?
6 - Quantos Ministério temos em nosso país? Cite três:
7 - O que há em comum entre um Ministro e um Secretário?
8 - Quem é o nosso Vice Presidente?
9 - Qual a diferença entre Parlamentarismo, Presidencialismo e Monarquia?
10 - Diferencie Vetar de Sancionar:
11 - Diferencie os Três Poderes:
12 - Qual é a ordem de Sucessão Presidencial?
13 - Cite um Candidato a Ministro:
14 - Quais são as regras para se aprovar um projeto?

Foi difícil? Talvez isso justifique você não suportar falar em política. Não tem como sentir prazer em falar sobre algo que você não entenda. Falar de futebol é mais fácil, afinal, você gosta, e se eu lhe perguntar qual é a função de um atacante, ah! você certamente responderá!
Fomos criados ouvindo que a política é suja e daí confundimos o real significado desta com o caráter de seus componentes. Se eu falar que Jesus foi um político, isso lhe causará estranheza por tamanha negatividade que este termo adquiriu. E quanto mais repulsarmos a nossa política, mais nos alienamos (quantos % das perguntas você respondeu mesmo?) Já estudou sobre o Clero e os Plebeus? Estude e descubra a sua atualização na história. Quem sabe você ainda esteja com a mente na idade média? Você não precisa simpatizar com os POLÍTICOS, e admito que isso é um tanto difícil, mas informe-se sobre a POLÍTICA. Qual é o destino de uma família quando seus integrantes desconhecem a hierarquia e a função de cada um? Já pensou que você está prestes a votar em alguém que você julga ter capacidade para fazer... fazer... fazer o que mesmo? Você sabe o que ele terá que fazer??? Agora, por favor, informe-se!!!

 

Diógenes Chaves

 
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DOCE AMOR
 

É interessante pensar que o fato de eu amar alguém não implica, de forma alguma, na reciprocidade deste alguém. Esperar um retorno pelo que eu sinto de bom é atribuir um preço aos meus sentimentos e não um valor. Preço me lembra mercado e amor não se negocia. O agente deste sentimento sou eu, absolutamente, o comando está comigo, eu que decido até me entregar a uma satisfação constante e inflexível: isso é amor!

Quando eu encaro os meus bons sentimentos como um efeito da aceitação do outro, estes já não dependem mais de mim, ou seja, suas raízes estão no outro, no retorno do outro, logo, perco o domínio sobre eles, e pensando assim, lembro-me da paixão! A paixão, acredito, configura-se desta forma, por isso que muitas vezes não a dominamos, porque esta emoção aguda tem a mania de nos comandar, e assim, perdemos a autonomia sobre nós. A paixão vem e vai, sem perguntar as horas, sem avisar, às vezes agride, vira as costas e se perde na frustração. Já o amor é um sentimento que se alimenta muito mais da razão do que da emoção. O amor é um sentimento inteligente, equilibrado, que constrói respeito, de percepção aguçada e sem desculpas, logo, sublime, resistente e inquebrável.  Doce sentimento este amor que flui de dentro para fora e de sentido único. Eu gosto porque gosto, cuido porque quero, cultivo porque me faz bem sem que isso me remunere o orgulho e a vaidade. Por este motivo vem e fica sem necessitar de bengalas... Do amor penso assim!

Diógenes Chaves

 

 

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ALEGRIA E FELICIDADE

 

Acredito que a felicidade é como o financiamento de uma casa: uma aquisição que você faz aos poucos. Você a conquista passo a passo, para no fim, tornar-se proprietário e se proteger dos temporais para sempre. Ao contrário da alegria que, penso eu, não passa de meros alugueis que te protegem por tempos determinados e que, se você não os cultivar, ficará desabrigado. Na felicidade você se torna parcialmente dono enquanto a busca até que a possua por completo, como a casa própria. Na alegria o dono não é você, o dono de sua alegria é o objeto que te faz alegre: a casa que aluga.

Diógenes Chaves

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MINHA RELIGIÃO

 

"Três perguntas básicas à refletir sobre o sentido da palavra religião: você tem uma religião? Você frequenta uma religião? Você é religioso? E aí, naturalmente, talvez venha a sua cabeça alguma instituição religiosa associando a um templo, a dogmas, rituais, escrituras bíblicas, imagens, etc. Penso que o sentido da palavra 'religião' é muito mais amplo e livre e pode se estender a qualquer indivíduo sem que este acredite ou não em uma força maior, força divina ou forças transcendentais.
Ao me perguntar se EU TENHO UMA RELIGIÃO (?) é querer saber se eu carrego comigo uma filosofia de vida, um conceito de vida que me faça ser alguém de bem e é isso que importa. Um mundo melhor é um mundo composto de pessoas de bem. Ao me perguntar se EU FREQUENTO UMA RELIGIÃO (?) é querer saber se eu entro em contato com esta filosofia de vida que defendo, se eu reflito sobre ela, se eu a alimento em todos os momentos da minha vida. E, por fim, ao me perguntar se EU SOU RELIGIOSO (?) é querer saber se eu realmente ponho em prática toda a minha filosofia de vida, se eu atuo conforme manda a minha religião (fazer o bem e evitar o mal).
Então... se você se julga religioso apenas pelo fato de frequentar alguma instituição religiosa, pode ser que um fato não justifique o outro. Podem se interligarem, mas não se justificam, porque religião não se nomeia como desta ou daquela entidade. E agora, para quem acredita, Jesus jamais falou que suas atitudes eram de natureza evangélica, católica ou espírita, ele apenas tinha uma filosofia de vida (uma religião), refletia sobre ela (frequentava a sua religião) e agia segundo ela (era religioso) indiferente do nome que Ele poderia dar ou não às suas atitudes. Se você é motorista, seja um motorista responsável e disciplinado, mesmo que você não saiba rezar, suas atitudes rezarão por você. Se você é um Médico, atue com compaixão e empatia, isso é fazer religião, mesmo que você não conheça a bíblia, você, em partes, a reproduzirá ainda que não perceba. Se você é Professor, professe seus conhecimentos também com o coração. Educação é religião e o afeto é o mais nobre educador. Se você é um Psicólogo, atue com ética e amor, isso já é divino, ainda que você não saiba como é ser divino.
Dessa forma, concluo que até mesmo um ateu pode atuar de forma religiosa, até mesmo ele pode TER UMA RELIGIÃO, FREQUENTAR UMA RELIGIÃO E SER RELIGIOSO. Uma instituição religiosa serve apenas como uma escola, como uma entidade orientadora que pode vir a nos auxiliar para que possamos construir uma filosofia de vida voltada para o bem, ou seja, uma forma religiosa de viver. Acredito que uma instituição religiosa não dá título de religiosidade, mas pode proporcioná-lo. Mas também é bem possível que alguém faça o bem sem que, necessariamente, precise de qualquer orientação para isso.

 

 

Diógenes Chaves

 

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BEBIDA ALCOÓLICA: REDUCAR OU EXTINGUIR?

 

 Seria possível imaginarmos que futuramente possa haver o fim da bebida alcoólica? Ou apenas uma reeducação do seu consumo e tudo se resolve?

Bom, hoje até percebemos algumas atitudes de conscientização e/ou reeducação para o consumo do álcool, como a "Lei Seca" e a "Balada Segura". Beleza! mesmo assim, ainda é possível ouvir pessoas contra e outras à favor a essas atitudes que, seja a intenção ou não, busca diminuir o consumo de álcool ou restringi-lo, enfim. Como sou TOTALMENTE A FAVOR À LEI SECA E DE QUALQUER AÇÃO QUE VENHA A IMPEDIR (prefiro o termo 'refletir') O CONSUMO DE BEBIDA ÁLCOÓLICA, falarei, obviamente, a respeito dos que pensam contra ou pensam, talvez, ser de forma inadequada a aplicação da "Lei Seca" e da campanha "Balada Segura".

Algumas opiniões contrárias a estas manifestações contra o álcool que ouço são as seguintes: que é uma incoerência, por um lado, proibir o consumo de álcool e liberá-lo por outro. Quer dizer, você proíbe a zero, motoristas consumirem álcool e permite que bares, mercados, lancherias, 'point' de bebidas e restaurantes vendam, permitam, facilitem o acesso daquilo que estão restringindo. E ainda, que uns não podem pagar pelos outros, se eu tenho o meu controle no consumo, porque proibir a mim algo de que tenho domínio, eu sei de mim, tenho o meu direito, não prejudico ninguém por isso. Ainda mais, que você não pode generalizar um efeito baseando-se em teorias que não se estendem a todos. Por exemplo? Os efeitos do álcool no organismo: uns tomam 12 garrafas de cerveja como se fossem 12 garrafas de água; outros com apenas um copo já chamam a sogra de "meu amor".

Pois bem, com isso, eu gostaria de trazê-los a uma pequena reflexão: você acredita fielmente que a bebida alcoólica NÃO é um mal social? Bom, se você acredita, você está repetindo um pensamento que talvez seus pais ou avós tinham, que o CIGARRO também não era um mal social. Hoje o cigarro é conscientemente aceito por todos (ou quase todos) que é sim um mal social e que demorou muito para que a população aceitasse isso, porque era um HÁBITO profundamente socializado, enraizado, como a própria bebida alcoólica é hoje. Já tinha pensado nisso? Talvez você lendo esse meu ponto de vista me chame de louco, e diga: Ah! Aposto que ele nunca bebeu! Não sabe o quanto é bom uma ceva gelada! E nunca bebi mesmo!!! Prova de que não faz falta ao organismo, não faz falta para que você seja alguém sociável, pelo menos não me tornei um aversivo a sociedade ou tenho sido excluído dela por nunca ter ingerido bebida alcoólica! Mas não é sobre isso que quero falar. A questão de tudo é que, tempos atrás o cigarro era algo de muito charme, status, e com o passar dos dias verificou-se o quanto era prejudicial, e aos poucos, através de campanhas de conscientização e proibição, o cigarro foi gradativamente perdendo espaço. Como? Diminuindo as propagandas (isso com as bebidas ainda não acontece), restringindo o consumo em ambientes fechados e outras proibições de consumo (como a Balada Segura e Lei Seca para o álcool hoje), pondo imagens chocantes nas carteiras (com as bebidas ainda não existe), anunciando os seus males após as propagandas (com a bebida alcoólica apenas ‘beba com moderação’ em milésimos de segundos), etc. JAMAIS, DE FORMA ALGUMA, E AO MESMO TEMPO, FOI PROIBIDO TAMBÉM O SEU COMÉRCIO, visto que até agora é permitido a venda. Cada um  fumava o seu cigarro como queria, onde queria, e se sentido inserido socialmente. Com as campanhas, o que aconteceu foi uma diminuição do consumo, logo, diminuíram-se as vendas. A opção para vender cigarro hoje já está diminuindo, as crianças das próximas gerações olharão para um cigarro com cara de nojo, com repulsa por não ser mais sociável, bonito e chique, quer dizer, por não estar mais nas moda! Com isso diminuirão as demandas, acabar-se-ão as lavouras de fumo e seus produtores mudarão de cultura, porque não terão mais para quem vender o seu produto. Logo mais, acabar-se-ão as fábricas e consequentemente chegará ao fim um mal social: o cigarro.  Tudo isso de forma gradual, lenta, raciocinada, planejada. Não estou falando que seja necessário fechar a Kaiser, fechar a Skol, fechar alambiques, proibir as adegas enquanto se aplique as leis para proibir ou restringir o consumo de álcool. Primeiro é necessário atuar na demanda para ferir a oferta. Com o cigarro está sendo assim e está dando certo ou não está?

O cigarro é vendido até hoje, porque o vício ainda existe e até mesmo para sair do vicio tem que ser de forma gradual. Você não pode extinguir de forma radical, há uma dependência econômica, social, cultural, orgânica e psíquica em relação ao álcool, por isso tamanha resistência em acabar com ele e tantas opiniões contrárias que surgem em relação ao seu possível fim, dá pra entender? O álcool é sim UM MAL SOCIAL. Não podemos confundir as coisas. Enquanto o consumo é liberado pensando em você que sabe beber, que tem controle sobre si e sabe os seus limites, que adora uma caipirinha enquanto assa uma carne e que gosta de oferecer um uísque aos convidados, isso parecerá muito justo, mas ao mesmo tempo se estará permitindo que aquele que NÃO é como você, que é irresponsável, imaturo e sem limites, venha a cortar a frente de seu carro ou colidir frontalmente com você em uma ultrapassagem, matar a sua família por exceder a velocidade. ou qualquer outro absurdo no trânsito, ou não só no trânsito, em qualquer outra situação em que o álcool facilite uma tragédia com você por intermédio de outra pessoa que você nunca viu e muito menos se importou como o álcool agiria na vida dela. As consequências não partirão somente de você, o controle não é só seu apenas porque você sabe consumir álcool. A bebida alcoólica é causa de um mal coletivo e do qual você não tem o domínio e ainda poderá ser vítima.

Reeducar o consumo? Como estratégia de um primeiro momento talvez! Mas o objetivo futuro é extinguir o consumo, ainda que leve muito tempo. O que importa é não perdermos a consciência de que esta será a melhor saída.

Diógenes Chaves

 
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BOAS INTENÇÕES
 
Ontem o que pareceu um empecilho, o que não poderia de forma alguma ter acontecido, hoje é o agente fundamental para que muita coisa esteja dando certo. Interessante pensar que, muitas vezes é necessário deixar a vida nos conduzir, deixar acontecer. Se algum fato te perturba no momento, natural será que você busque alternativas para dele se livrar, mas se isso não acontecer, se for muito difícil e suas forças se esgotarem, calma, busque perceber qual a natureza de suas intenções ao tentar se sentir melhor. Se a intenção for ruim, maliciosa, agradeça por seus projetos estarem dando errado, não será bom pra você, absolutamente, mas se suas intenções forem boas, relaxa, sempre que agimos de bom coração o futuro nos espera de braços abertos, mesmo que nos exija seguir por caminhos os quais não estávamos planejando e que possamos estranhar. Penso que a vida seja assim, ainda que queiramos seguir por aqui ou por ali certos do melhor pra nós, se for um equívoco, algo acontecerá para que nossos passos sejam redirecionados, basta que estejamos sempre bem intencionados com os outros e com nós mesmos. Boas intenções, este é o segredo!
 
Diógenes Chaves

 

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PENAS ETERNAS? QUE ISSO!!

 

 
Não acredito em 'penas eternas', sabe porque? Porque Deus jamais construiria algo AUTODESTRUTÍVEL, como se seu tivesse a possibilidade de me aniquilar para todo o sempre... não, não existe essa possibilidade, absolutamente!! Deus nos fez AUTOCORRIGÍVEIS, ou seja, com a possibilidade de nos aperfeiçoarmos com os nossos erros e não importa o tempo que levar... Um engenheiro que constrói algo que possa vir a falir, a se autodestruir e com prazo de validade não é digno de um bom engenheiro, porque um bom engenheiro garante a eficácia de sua obra, de toda e qualquer obra e de qualidade IMPERECÍVEL. Somos uma futura linda escultura modelada pelas mãos de um nobre escultor. Assim, por trás de uma bela obra de arte sempre haverá um talentoso artista, logo, por trás de um ser rumo a perfeição sempre há um engenheiro perfeito. Causa e efeito, tal é a lei. Penas eternas? Que isso!
 
Diógenes Chaves

 

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ANENCEFALIA

 

Penso que existem dois tipos de vida a considerar: a vida orgânica, atribuída a todos os organismos dotados de energia vital (de uma simples folha a um ser humano)... e a vida subjetiva, a que realmente te faz existir. A que te permite pensar, raciocinar, avaliar, perceber, projetar, diferenciar, e o mais importante: sentir!!
Qualquer individuo neste mundo ao olhar para um anencéfalo em sua lamentável situação pode, neste, perceber apenas a existência de uma vida orgânica e desconsiderar uma vida subjetiva. Acredito que muitos pensem assim, mas eu só quero deixar uma pequena reflexão: para o materialista que vê uma linda poesia sendo escrita em um papel, este jamais perceberá o poeta conduzindo a caneta e morrerá afirmando que são as canetas que produzem poesias. Na verdade a poesia nunca morrerá ainda que a caneta estrague e não esteja em suas perfeitas condições, porque o poeta continuará a existir, mesmo que em sofrimento por não poder manifestar-se. Não é justo desprezar um poeta pela aparência de sua caneta. Pense nisso!

Diógenes Chaves

 

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JUSTIÇA X VINGANÇA

 

Meu Deus! e como ainda há quem insista em confundir justiça com vingança. É a Lei de Talião imperando nas veias. Seria bom pensarmos um pouco quando apontamos o dedo à alguém implorando pela tal justiça, a nossa justiça, uma justiça envolvida pela raiva, pelo ódio, pela mágoa, pelo vazio, pelo desejo de vingar-se. Avaliemos um pouco os nossos sentimentos quando olhamos uma notícia de algum crime e o que passamos a desejar ao criminoso, avaliemo-nos sobre a pena de morte, a prisão perpétua, a "linchação", expressões do tipo: tem que matar, merece morrer, aqui se faz e aqui se paga (abrindo um sorriso sarcástico), Deus não mata, mas aleija, que apodreça na cadeia... e por aí vai. Isso não é uma crítica, porque é perfeitamente compreensivo tais sentimentos, pois 2000 anos ou 3000 anos é muito pouco tempo para se aperfeiçoar uma moral.

       E aí questionariam os filósofos: qual é a perfeita moral? Qual a melhor, a mais justa? Simples... a que surtir os efeitos mais salutares e harmoniosos possíveis para que uma sociedade não adoeça. A doença não passa de um efeito do "fugir das regras", é um sinal de alerta, é um pedido de socorro físico ou psíquico individual ou coletivo. Querer combater uma força negativa com outra de mesma natureza é o mesmo que querer gerar luz unindo polos iguais. É o justo que se perde por andar na escuridão.

       Desculpam-me pela a agressão a nossas emoções que nos escravizam; que nos pedem muito mais alívio do que prazer de viver; que nos apresentam muito mais à fuga do que à responsabilidade de amar. Desculpam-me pela a agressão a nossa herança medieval que prefere destruir por não saber consertar. Desculpam-me, mas o mau se combate com o bem, ainda que seja tão difícil aceitar.

Diógenes Chaves

 
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ABORTO, NÃO!!
 
Aborto: "NÃO CONFUNDA DIREITO A VIDA COM DIREITO A QUALIDADE DE VIDA."
Não é justo, absolutamente, eliminar uma vida para garantir uma qualidade de vida. Isto é cometer um assassinato para viver bem.
Um corpo flácido, abalo emocional, vergonha social, aperto financeiro... Bom, daí você elimina uma vida, indefesa e sem culpa alguma do que irá te proporcionar e você acha isso justo, digno e racional? As consequências de uma gravidez indesejada é, por questões óbvias, desagradáveis, angustiantes, frustrantes, mas abortar uma vida para lhe garantir bem-estar? Se alguém lhe traz abalo emocional, desajuste psicológico ou outro desconforto... é simples, mande matá-lo, não é esta a ética em jogo? Seria bom avaliarmos...
O aborto só é justo quanto este infringe uma outra lei, o direito de proteger a própria vida. Assim, quando uma mãe corre o risco de morte durante uma gestação ou por consequências do parto, é justo o aborto, porque uma vida não tem o direito de atentar sobre outra. Se a mãe não tem o direito de matar a criança, o mesmo vale para a criança de não matar a mãe. Neste caso, preserva-se a mãe.
A vida é um bem natural que ao destruí-lo não se reconstrói, definitivamente, já qualidade de vida pode ser diferente. A culpa de um aborto é bem mais torturante do que as consequências de não tê-lo feito. 
Diógenes Chaves
 
EU, MELHOR!
 
É lamentável ver, por um lado, a Sandra Annenberg chorando no Jornal Hoje por ver tanta violência noticiada e a Globo badalando a vingança, porque é isso que mais dá ibope nas novelas, quando o vilão apanha, é torturado. Um ato inteligente quando se busca a audiência, satisfazer (ou estimular?) o lado agressivo do ser. Se eu não posso fazer, a Globo faz por mim. Quem gosta de se sentir impotente, injustiçado?
Outro fato interessante é quando um acidente grave de trânsito acontece e várias pessoas param para olhar e ali ficam até o último suspiro da vítima. Mas esse comportamento acredito ser normal, quando entendo que ainda faz parte do indivíduo a necessidade de buscar alguma confirmação concreta de que sua situação atual é melhor a comparando com a de outro, mesmo que inconscientemente, ou seja, ao ver outro indivíduo em um momento difícil faz com que ele se perceba em vantagem, ainda que se envolva de compaixão. Vejamos quando alguém abre um jornal, o mais comum na maioria das pessoas é ir direto à página policial e não buscar notícias de algum ato solidário, de alguma campanha social benevolente. Porque? Porque ao ver uma noticia de alguma manifestação caridosa faz o sujeito se sentir, talvez, por baixo, envergonhado, chamando-o para uma obrigação que não lhe é natural: - "o outro foi capaz de fazer, eu não". No entanto, se ele realizou algo solidário na sociedade e isto foi noticiado, qual página ele irá abrir primeiro? A sua obvio, porque ao se ver estampado como um bom exemplo isso lhe causará uma sensação de superioridade.
Que competitividade é esta que está impregnada em nosso DNA e que outros possuem o talento de transformar em dinheiro?
 
Diógenes Chaves
 
 
 

 

CONTINÊNCIAS E SENHORIAS

 

       ... e sigo me ocultando, ignorando-me... e meus sentimentos e emoções se subordinam covardemente perante o intelecto frio e ambicioso da sociedade. Na busca de um poder imediato, vou me satisfazendo com um respeito artificial e traiçoeiro. Quase todos somos assim e aplaudo de pé os que ainda pões em seu bolso muito mais do que dinheiro, diplomas e sobrenomes, mas também o bem-estar alheio indiferente do que venha a ganhar por isso. Mais vale ganhar um abraço de gratidão e ser amado para sempre do que várias continências e senhorias e ser adorado por um periodo de cargo.

 

Diógenes Chaves

 

O PROBLEMA SOU EU...

 

        Porque esta busca desenfreada pelo conhecimento e este distanciamento cruel da afetividade? Talvez porque nós seres humanos temos uma dificuldade imensa de nos encararmos. Quando você aprimora o seu cérebro (intelecto) você passa a se comprometer muito mais com os outros, ao passo que se você aprimora o seu coração (sentimentos), você passa se comprometer muito mais com você mesmo. Talvez o distanciamento afetivo construido entre as pessoas não passa de uma covardia sentimental particular. O problema não é o outro, o problema sou eu.

Diógenes Chaves

 

SEXO FRÁGIL...      

 

        Acredito que, quando falam que a mulher é o sexo frágil, é porque cada ser, obviamente, se torna naquilo em que mais se desenvolve. Desde o princípio o único recurso que a mulher tinha para enfrentar o homem ou se defender deste eram os seus sentimentos, a emoção, meios de manipulção, de sensibilização para domar a fera, já que lhe faltava a força física e o poder hierárquico... e o combate corpo a corpo era desleal. Já o homem se apoderava da robustez , da virilidade... Então, penso que fica fácil entender este dom maravilhoso que tem a mulher de ser mãe: é que a educação se inicia pela sutileza do coração e não pela a imposição dos músculos.

 

Diógenes Chaves

 

HÁ CONSERTO...

 

       Se existe alguma coisa que você fez e está encontrando dificuldades em se perdoar, calma; se você acredita não haver conserto e se encontra sem possibilidades de voltar atrás e fazer tudo diferente, calma, sempre há saída, é só não repetir o que você fez em outra oportunidade e tentar fazer diferente. Esta talvez seja a forma mais honesta de mostrar que você se arrependeu e que tudo não passou de uma fraqueza. Uma mãe que abortou e hoje se culpa, certamente não poderá consertar seu ato refazendo a gestação, mas pode trabalhar evitando que outras mães abortem. Você pode até ter perdido um grande amor por estupidez e não mais recuperá-lo, mas o conserto está em dar mais atenção, carinho e amor ao próximo. O prejudicado substituirá o que você fez pelo o que você faz e te entenderá. Não alimente sua culpa julgando-se cruel... porque uma pessoa cruel não corrige os próprios erros, repete-os.

 

Diógenes Chaves